terça-feira, 24 de maio de 2011


Pai, há coisas que magoam e me fazem ficar triste, mas perdoa a minha sensibilidade. Perdoa-a por não se assemelhar nem um pouco áquilo que todos os dias sofres por eu agir assim. Perdoa Pai por tentar constantemente achar culpados, quando parte da culpa está sobre mim, perdoa por buscar em outros os motivos para me afastar de ti e nem sequer te consultar sobre eles. Perdoa ver somente os erros distantes e não aqueles que estão no meu próprio texto e perdoa cada passo na direcção oposta à tua, pois sei que enquanto caminho com justificações ridículas, tu permaneces santo, misericordioso, e sem culpa alguma de tudo o que sucede. Perdoa por fazer de ti o culpado, perdoa o desânimo e a tristeza quando tudo tentas para me fazer feliz. Perdoa por me entristecer ao primeiro obstáculo, e perdoa cada vez que deixo de realizar os teus planos por isso. Pai, não quero pedir mais, não quero continuar a ser uma criança birrenta que ao primeiro problema chora e puxa pela tua mão. Ajuda-me a olhar-te nos olhos, a compreender aquilo que a cada manhã me queres dizer, ajuda-me a entender que tudo quanto me fazes viver, foi pensado e planeado por ti, para que isso contribuísse apenas e só para o meu bem. Ajuda-me a não desanimar, a não ser egoísta, e retribuir a cada dia o amor e carinho que me fazes chegar.

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